Na minha opinião, uma das maiores invenções dos últimos tempos foi a Internet (só perde para o cheeseburger, o smartphone e o computador pessoal, nesta sequência). Ela mudou o mundo disponibilizando informações para pesquisa, estudos e, principalmente, mudando a forma das pessoas se comunicarem.

No meu tempo de criança, não tínhamos telefone em casa.  A comunicação era pessoal (sistema molecular: moleque, vai até a casa da sua avó e fala para ela vir jantar aqui em casa hoje à noite). As redes sociais eram limitadas. Tinha a turma dos primos (nossos pais tinham muitos irmãos que, por sua vez, tinham muitos filhos), a turma do bairro e a turma da escola.

Tecnologia era telegrama (usado para enviar condolências a parentes e amigos falecidos em localidades longínquas) seguido pelo Telex: um equipamento do tamanho de uma escrivaninha, com teclado de máquina de escrever que servia para enviar e receber mensagens e documentos (este equipamento era considerado assombrado pelo pessoal da limpeza pois, do nada, no meio da noite e com o escritório vazio, começava a escrever sozinho). Era o e-mail de antigamente.

Hoje, através da Internet, podemos trabalhar, fazer reuniões, assistir aulas (ou matar aula sem ser percebido), escutar música, assistir filmes e jogos de futebol, bater papo com amigos, namorar e até fazer fofoca.

Com a Internet e um smartphone, temos o mundo nas nossas mãos. São milhões de informações disponíveis em segundos. Podemos saber o prato que um amigo está se deliciando no melhor restaurante da cidade ou a inauguração de uma cachoeira interna e gigante no aeroporto Changi, em Singapura (nenhuma destas informações podem ser relevantes, mas, como muitas outras que recebemos, estão lá).

Recebi, há alguns dias, a notícia sobre um tornado que quase destruiu a cidade de Irineópolis, em Santa Catarina. Se não fossem as redes sociais eu nunca imaginaria que existiam tornados tão violentos naquele estado e nem teria conhecimento que existe uma cidade chamada Irineópolis (me perdoem os nascidos e moradores desta cidade, que só sei onde é porque pesquisei no Google, mas estou sendo sincero).

Não sei como conseguíamos sobreviver sem estas tecnologias. Não consigo mais imaginar a vida sem o smartphone e a internet.